O anúncio partiu do ministro da Economia, Luis de Guindos, que adiantou que a quantidade do resgate será “suficiente” para cumprir as exigências que derivam das conclusões das análises decorrentes das duas auditorias e as avaliações do Fundo Monetário Internacional (FMI) e pressupõe ainda uma “ampla margem de manobra” que permita dissipar todas as dúvidas do mercado sobre o setor.
As declarações do ministro da Economia contrariam as palavras do ministro da Indústria espanhol, José Manuel Soria, que, antes da reunião do Eurogrupo, assegurou que não estaria “previsto, em nenhum momento, por parte do Governo de Espanha pedir qualquer tipo de ajuda" até que se conhecessem os relatórios dos especialistas.
Segundo Luis de Guindos, o resgate destina-se apenas ao setor financeiro, não estando implícito um plano de austeridade a ser implementado pelo país. Contudo, tal como sublinha o El Pais, em última instância, o Estado espanhol é o máximo responsável pelo cumprimento das obrigações resultantes do empréstimo, pelo que, se os bancos não pagarem, os cidadãos espanhóis serão chamados a saldar essa dívida.
Durante a teleconferência promovida na tarde de sábado, e que contou com a participação dos ministros das finanças da Zona Euro e também de Christine Lagarde, diretora geral do FMI, foram discutidas as condições implícitas neste plano de financiamento do setor financeiro espanhol. O FMI será responsável por supervisionar a situação dos bancos que usufruam do empréstimo
