Num jantar da campanha autárquica do Bloco em Torres Novas, que juntou perto de 700 pessoas, Catarina Martins trouxe o tema da água, exigindo que esta seja limpa e pública, "porque com um direito humano não se pode brincar".
Destacando a necessidade de assegurar que todos e todas têm acesso à água, a coordenadora bloquista lembrou que “quando a atual maioria foi formada no parlamento, a tarifa social da energia, que é um direito das pessoas com menos rendimentos, chegava a apenas 80 mil famílias em todo o país”.
Por proposta do Bloco, “foi criado um mecanismo para que a tarifa social da energia passasse a ser automática. Ou seja, para que toda a gente que tem poucos rendimentos e que tem direito a essa tarifa passasse a tê-la automaticamente. E, com essa alteração, passámos a ter não 80 mil mas 800 mil famílias com acesso à tarifa social da energia”, acrescentou a dirigente do Bloco.
Catarina Martins explicou, contudo, que “o que se passa com a água é que, para que a tarifa social da água chegue verdadeiramente às famílias mais vulneráveis, garantindo o direito à água a toda a gente, vai ser necessário que as autarquias decidam impor a tarifa social”.
“Conseguimos no Parlamento fazer com que o mecanismo de atribuição automática da tarifa social da energia possa ser também aplicado à água, mas agora é preciso que as autarquias decidam aplicá-lo”, reforçou.
A coordenadora bloquista garantiu que “o compromisso do Bloco por todo o país é que a tarifa social da água terá também de ser automática para chegar a toda a gente, e para que toda a gente em Portugal possa ter acesso ao bem essencial que é a água".
Catarina Martins deixou ainda a garantia de que o Bloco luta "em cada autarquia por autarcas que permitam que cheguem às populações os avanços" que se vão fazendo no país.