O programa “Arrendar para Subarrendar” está “suspenso para avaliação” e a maioria das casas arrendadas pelo Estado, para depois subarrendar, estão vazias. O Estado pagou quase três milhões de euros em rendas.
Era uma das medidas do pacto Mais Habitação, do governo de António Costa. A sua intenção era “aumentar o stock de habitação pública” – apesar de não aumentar o parque público de habitação. Com dinheiro público, a medida previa arrendar “em mercado” várias habitações a proprietários privados “para posterior subarrendamento a preços acessíveis”, que respeitassem a taxa de esforço máxima de 35%.
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O Diário de Notícias avança que o Estado arrendou 290 casas mas só 62 é que estão ocupadas. As outras 80% - muitas da Área Metropolitana de Lisboa – estão vazias. Há 2.732 inscritos no programa à espera de ficarem colocados numa casa, tendo os últimos sorteios sido anulados.
O Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana gastou 2,8 milhões em rendas – em média, 1.180 euros mensais por cada casa – mas só um quinto dos imóveis estão ocupados. Isso significa que serão desperdiçados cerca de 2,2 milhões de euros em 2024.
O jornal avança que, nas 62 casa ocupadas, vivem sobretudo jovens com menos de 35 anos e famílias monoparentais.