Os técnicos auxiliares de saúde entraram em greve de 24 horas à meia-noite desta sexta-feira, numa ação de luta convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS). Segundo fonte sindical, a adesão à greve no turno da noite rondou os 80%.
A sindicalista Elisabete Gonçalves falou à Lusa numa “grande adesão” com serviços mínimos assegurados nas unidades de saúde que operam ininterruptamente. Os serviços mais afetados terão sido os internamentos e as urgências.
A greve foi convocada para exigir valorização da carreira de técnico auxiliar de saúde, que foi criada à dois anos mas “sem o reconhecimento da sua importância enquanto carreira especial do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.
“Vinte e nove mil trabalhadores são muitos trabalhadores para continuarem invisíveis”, afirmou a FNSTFPS em comunicado de imprensa. A federação exige que o novo governo não continue a ignorar estes profissionais e “a menosprezar a sua importância no SNS e na garantia da qualidade dos cuidados prestados à população”.
Os sindicatos explicam que “os sucessivos governos do PS e do PSD prometeram a valorização e dignificação exigida pelos trabalhadores”, considerando que se trata de uma “manifesta falta de vontade política”.