Em entrevista à agência Lusa, Paula Gil, uma das fundadoras do Movimento 12 de Março sublinhou que "neste momento estamos a pagar algo que não sabemos de onde vem (...) nem a quem devemos", sendo que esta dívida tem vindo a justificar a criação de uma "situação insustentável, de agressão directa às pessoas, em que o Estado se comporta como se o seu primeiro objectivo fosse a protecção dos credores e dos mercados e não a protecção das pessoas". Nesse sentido, o Movimento 12 de Março considera primordial a promoção de uma “auditoria cidadã” à dívida.
Paula Gil apelou, durante esta entrevista, à mobilização de todos no próximo dia 15 de Outubro, na medida em que “neste momento estamos todos a ser atacados".
O fim da manifestação do próximo sábado terá lugar em frente à Assembleia da República na medida em que, segundo a activista é preciso lembrar que "as políticas têm que ser discutidas com as pessoas".
Paula Gil considera que a manifestação, independentemente do número de pessoas que venha a reunir, "é, por si só, já um sucesso", tendo em conta que originou uma plataforma de movimentos sociais e cívicos, que se "juntaram em torno de uma mobilização contra a situação em que vivemos".
Após o 15 de Outubro é necessária “a mudança de mentalidades e de consciências, que as pessoas se envolvam na política, que dêem a sua opinião, que dêem a sua voz", salienta Paula Gil.
Notícia actualizada dia 10 de Outubro, pelas 12:00.