Habitação

Preços das casas subiram mais nos concelhos do interior

25 de abril 2025 - 13:22

Região do Tejo e do Norte litoral concentram as maiores subidas de preços de casas nos últimos 12 meses. Lisboa continua a ser município mais caro.

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Habitação
Habitação. Fotografia de Paulete Matos.

Em 2024, os preços medianos dos alojamentos familiares transacionados em Portugal aumentou 10,35%. Mas foi nos concelhos do interior que se registou um maior aumento no preço da habitação. Estará em causa um efeito de arrastamento dos preços praticados nos grandes centros urbanos, cujos efeitos se sentem agora em zonas com menos densidade populacional.

O município de Mêda, na Guarda, foi aquele onde o custo das casas mais subiu, registando um crescimento de 166% face ao ano de 2023. O metro quadrado passou do valor de 156 euros por para 416 euros em 12 meses. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, o município de Ribeira da Pena, distrito de Vila Real, foi o segundo onde os preços mais aumentaram no prazo de um ano (74%), seguido de Castro Verde (59%), Penela (59%) e Arronches (58%).

Os dados agrupados por regiões NUT III permitem concluir que os preços subiram mais na Lezíria do Tejo (14,8%), no Alto Alentejo (13,5%) e no Alto Minho (12,6%). Os aumentos mais significativos de preços estão por isso concentrados na região do Rio Tejo e no Norte litoral, mas em geral os preços subiram em todas as regiões à exceção do Douro interior, onde se regista uma redução de 4,9%.

De resto, as regiões das grandes cidades também registam aumentos significativos. O maior é na Península de Setúbal, onde os preços das casas subiram 11,4%, mas seguem-se a Área Metropolitana do Porto e a área de Braga (10,3%), a região de Coimbra (9,4%) e a Grande Lisboa (7,3%).

Segundo o Jornal de Notícias, o município com os preços de casas mais caros continua a ser Lisboa (4.340 euros/m2), depois Cascais (3.053 euros/m2) e Oeiras (3.471 euros/m2). No Porto, o preço situa-se nos 2.984 euros/m2.