Trabalhadores das IPSS vão fazer greve a 22 de janeiro

14 de janeiro 2025 - 14:46

Sindicatos exigem que a negociação do contrato coletivo de trabalho seja feita com urgência e reivindicam melhoria nas condições de trabalho.

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Concentração IPSS
Fotografia via Facebook do STSSSS

Os sindicatos que constituem a Comissão Negociadora Sindical do Contrato Coletivo de Trabalho para as Instituições Particulares de Solidariedade Social convocaram conjuntamente uma greve para 22 de janeiro, com o objetivo de desbloquear a negociação do contrato coletivo de trabalho com a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS).

Em nota de imprensa, o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Solidariedade e Segurança Social (STSSSS), que faz parte da Comissão Negociadora, salienta que “as trabalhadoras e os trabalhadores que laboram nas Instituições Particulares de Segurança Social (IPSS) são essenciais para a prestação de cuidados a crianças, idosos, jovens, e adultos com deficiência, pessoas com comportamentos aditivos e vítimas em geral da exclusão social”.

“É urgente criar condições dignas para as pessoas cuidadas, mas também para as cuidadoras”, lê-se na nota de imprensa. “Não podem estes trabalhadores e trabalhadoras continuar com horários sobrecarregados que exigem esforços sobre-humanos, rácios excessivos, e ao mesmo tempo ganhar o salário mínimo”.

No apelo à greve e à concentração, marcada para as 11h de dia 22 no Porto, em frente a sede da CNIS, os vários sindicatos exigem a negociação urgente do contrato coletivo de trabalho, mas também o aumento dos salários, a valorização das profissões dos trabalhadores das IPSS, o regresso às 35 horas de trabalho semanal e o direito à conciliação dos horários de trabalho com a vida familiar.

Os sindicatos dizem “não aceitar” o atraso na negociação do contrato coletivo e salientam o facto de os trabalhadores das IPSS receberem pouco mais do salário mínimo nacional ao mesmo tempo que são sobrecarregados no trabalho com horário precários e longos.

A greve surge também para exigir ao Estado que assuma responsabilidade, investindo no setor social – um setor onde o STSSSS considera que “realizam um trabalho que é sobretudo da competência do próprio Estado”.