O movimento Vida Justa organizou este sábado uma vigília em frente à Assembleia da República para exigir habitação digna e o fim das demolições de casas auto-construídas e dos despejos. É a primeira ação enquadrada na Grande Marcha dos Bairros organizada pela Vida Justa.
O protesto juntou pessoas de diferentes zonas do distrito de Lisboa e da margem sul, entre os presentes estiveram moradores de bairros auto-construídos e também membros do movimento. “Moradia não é um privilégio, é um direito” e “queremos condições de habitação” foram algumas das palavras de ordem da ação de protesto.
Ao Diário de Notícias, a ativista Lua Semedo explicou que a necessidade de fazer a ação “contra o despejo, contra as demolições, contra o aumento das rendas, a favor da regulação das rendas e de uma nova política habitacional” surge também das denúncias e pedidos que o movimento recebe diariamente de várias famílias.
Os bairros construídos têm voltado a aumentar na Área Metropolitana de Lisboa e a resposta institucional tem sido a demolição ou a ameaça de demolição. É o caso da Câmara Municipal de Loures, que no Talude Militar já iniciou as demolições e em Santa Iria da Azóia ameaça permanentemente com o despejo.
A vigília da Vida Justa, que começou ao início da tarde, quer instar o Estado central a “repensar um pouco as políticas habitacionais” em curso, que têm empurrado as pessoas para situações de habitação indigna.
A Grande Marcha dos Bairros da Vida Justa vai promover assembleias, encontros, atividades desportivas e culturais na Grande Lisboa. Para o dia 12 de abril está marcada uma marcha da Cova da Moura ao Zambujal.
