Ao anunciar a data de 14 de novembro para uma greve geral, o secretário-geral da CGTP apelou à convergência do movimento sindical, dizendo que "tudo fará para ampliar a convergência para ter uma grande greve geral".
"Todos são bem vindos", afirmou, acrescentando que a CGTP não irá condicionar as propostas de outras organizações sindicais mas também não se deixará condicionar. O sindicalista disse que alguns sindicatos, independentes e da UGT, já manifestaram disponibilidade para participar na greve geral.
O anúncio das novas medidas de austeridade vem reforçar as razões da greve: “O que constatamos é que sendo verdade que o governo retirou a TSU, também é verdade que apresentou um conjunto de medidas que visam atingir um mesmo objetivo, ou seja, a redução dos salários e das pensões de todos os trabalhadores sem exceção”, disse o sindicalista.
Para Arménio Carlos, "esta não é uma greve só de protesto, é sobretudo uma greve de propostas alternativas para o país", e recordou que a central sindical apresentou recentemente um conjunto de propostas alternativas às medidas de austeridade que o governo tem vindo a apresentar.
O lema da greve é "Contra a Exploração e o Empobrecimento, Mudar de Política - Por um Portugal com Futuro".
Greve simultânea noutros países
Arménio Carlos disse ainda que há a possibilidade de vir a ser convocada uma greve geral em Espanha na mesma data pois as CCOO já manifestaram essa disponibilidade à CGTP, estando o processo em discussão interna.
Por outro lado, a Confederação Europeia de Sindicatos tem reunião marcada da sua executiva para 16 de outubro, onde a CGTP vai apresentar os motivos que levaram à marcação da greve geral. Daí a possibilidade que na sequência desta reunião possam surgir outras lutas gerais para a mesma data.