Álvaro Arranja

Álvaro Arranja

Professor e historiador.


A chantagem sobre o Tribunal Constitucional português é hoje uma preocupação fundamental de todos os defensores do modelo austeritário imposto pela oligarquia financeira que domina a Europa.

O cheque ensino anunciado pelo governo é uma medida meramente ideológica e sem qualquer fundamentação científica, sociológica ou sequer económico-financeira que a justifique.

O Governo da Esquerda Democrática de José Domingues dos Santos - 1924/25 será o único a contar com o apoio popular, incluindo a anarco-sindicalista CGT, o Partido Socialista e o jovem Partido Comunista. Artigo de Álvaro Arranja, historiador.

Crato tinha uma estratégia definida. Anunciar as medidas mais gravosas bem perto do fim do ano letivo. Se os professores reagissem a sua única oportunidade era a greve às avaliações e exames e aí a opção é atirá-los contra pais e estudantes.

O Japão faz exatamente o contrário do que defendem Merkel e Schäuble e os seus representantes em Portugal, Passos Coelho e Vítor Gaspar. Estas notícias voltam a colocar a questão fundamental da urgente necessidade da alteração do papel do BCE.

Contra os cortes na educação, a degradação da qualidade de ensino, os professores irão manifestar a sua frontal oposição à política prosseguida pelo governo numa grande manifestação nacional, em Lisboa, no próximo dia 26 de janeiro.

As privatizações levadas a cabo por sucessivos governos PSD/CDS-PP e PS não só impediram o desenvolvimento do País como constituíram, mesmo em termos de receitas, um mau negócio para o Estado.

A continuação da “crise” das dívidas públicas, em Portugal e em outros países europeus, continua a ser uma enorme fonte de chorudos lucros para a banca.

Extinguir freguesias é um exemplo para um estado que tem de “emagrecer”, para poder engordar com as suas rendas os interesses económicos privados.

A greve geral de 1912 marcou o ponto culminante da agitação social que se seguiu à proclamação de República, em 5 de outubro de 1910.