Maria J. Paixão

Maria J. Paixão

Assistente Convidada na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e Investigadora na área do Direito do Clima. Ativista pela Justiça Climática junto de vários movimentos sociais

Não será possível enfrentar os incêndios florestais sem conferir absoluta prioridade à resposta à emergência climática em curso. Essa prioridade exige que se reconheça, de uma vez por todas, que o território nacional enfrenta níveis de risco particularmente trágicos.

A ocupação massiva do território nacional com eucaliptal deve preocupar-nos porque se trata de uma árvore altamente inflamável, que seca os solos e os lençóis de água e não se integra facilmente nos nossos sistemas agro-silvo-pastoris.

Na União Europeia, a corrida ao lítio (e a outros minerais, como o cobalto ou o cobre) tem inaugurado uma nova fase da política europeia. Numa Europa que se planeia para o futuro com base num mapa de zonas de sacrifício, a resistência ao extrativismo começa a ganhar ímpeto.