Depois de anos em que cortaram salários aos trabalhadores do estado ou do privado, baixaram as pensões dos reformados, diminuíram prestações sociais como o rendimento mínimo, aumentaram como nunca o desemprego e o trabalho precário, agravando as desigualdades e a pobreza num país pobre e desigual…quando alguém tem a suprema ousadia de dizer que os mais ricos também devem partilhar os sacrifícios e pagar impostos, em vez de continuar descaradamente a fugir ao fisco… aqui d`el rei que vem aí o PREC chefiado pelos perigosos esquerdistas do Bloco…
Em entrevista na televisão no final do ano passado, o ex-diretor-geral da Autoridade Tributária José Azevedo Pereira revelou que as 1000 famílias mais ricas de Portugal, com património superior a 25 milhões de euros ou rendimento médio anual acima de 5 milhões, representavam uma percentagem irrisória da receita de IRS, da ordem dos 0,5 por cento, quando seria de esperar, de acordo com a lei, que pagassem 50 vezes mais. Como o fazem? Usam artimanhas legais, com a ajuda de consultores fiscais dos grandes escritórios de advogados. Ou espezinham descaradamente a lei, confiando que, se forem descobertos, a justiça para ricos os irá livrar de qualquer condenação.
As famílias mais ricas habituaram-se a não pagar impostos, a transferir as sedes das suas empresas para a Holanda, a pôr o seu património pessoal em nome de empresas com sede em paraísos fiscais e a usar todas as artimanhas possíveis para não cumprir as suas responsabilidades fiscais.
Por isso, mandam os seus políticos e a sua comunicação social, fazer um cerrado fogo de propaganda contra as iniciativas do Bloco de combate à fuga ao fisco e a um imposto sobre os grandes proprietários imobiliários. Mentem, tentam criar o medo nas classes médias. Tudo serve para justificar a continuação dos privilégios de que sempre gozaram.
Os pobres que paguem impostos…
Artigo publicado no jornal “O Setubalense” em 23 de Setembro de 2016
