Bruno Maia

Bruno Maia

Médico neurologista, ativista pela legalização da cannabis e da morte assistida

Em Portugal, a Teva atribui todos os anos os prémios “humanizar a saúde” em que distingue vários profissionais em diferentes áreas. Parece incrível que a mesma empresa que participa em atos hediondos noutra parte do mundo, fale em “humanizar a saúde”, mas é mesmo assim que funciona o negócio!

Há um fascista na Casa Branca e isso significa mesmo o que as palavras o denotam: o desenvolvimento do fascismo nos EUA. A esquerda tem que compreender que o futuro é o resultado nas disputas que fazemos hoje e que vencemos.

Ao contrário do que andam há muito a vender PSD, CDS e IL, foram os privados que quiseram sair das PPP. Com bons motivos: nunca tiveram lucros! Como pode então o Governo obrigar os privados a aceitarem as PPP? Só há uma forma: pagando muito acima do preço que o Estado paga hoje aos hospitais do SNS.

O Governo quer com uma alteração legislativa ao Serviço Nacional de Saúde deixar os migrantes em situação irregular sem cuidados de saúde, que pode vir a ter 3 tipos de consequências: o agravamento das urgências, os perigos de saúde pública e a abertura da caixa de pandora!

Esta é a imagem de um sistema de saúde privado, no qual o acesso está dependente da vontade e da ganância das seguradoras. Admira que um assassino a soldo rapidamente se torne num herói popular?

Os médicos estão a dizer que para além dos 3 meses de trabalho a mais que já fazem, trabalhar mais 4 meses e meio, numa altura em que o governo aprova um novo regime de trabalho que lhes retira direitos, é insuportável.

Não temos a força do dinheiro. Não controlamos a comunicação social. Recusamos o populismo e a mentira como estratégia política. Resta-nos o mais importante. A rua. A rua é a nossa força. E sejamos honesto, é também a nossa alegria.

Pela segunda vez, um país Europeu experimentou a “liberdade de escolha” no que diz respeito à saúde e, pela segunda vez, os resultados foram maus. Desta vez foi a Noruega.

Pelo respeito e pela tolerância daqueles que mais sofrem, precisamos de resolver este assunto de vez. E para isso só há um caminho: despenalizar a morte assistida, o quanto antes.

Mil novecentos e oitenta e três é o ano em que o tal “cancro gay” terá chegado a Portugal, é também o nome da exposição de João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira que está a decorrer na galeria “Rialto 6”, até Abril. Artigo de Bruno Maia