Espanha

Direita e Vox também estiveram do mesmo lado na votação de uma lei que pretendia acabar com o processo de regularização de migrantes no país vizinho. Neste caso acabaram derrotadas.

Direita, extrema-direita e independentistas catalães do Junts uniram-se para impedir que a jornada de trabalho passasse a ser de 37,5 horas semanais. Mas, nas ruas, os sindicatos prometem que a luta continuará e o governo diz que vai voltar à carga outra vez com a proposta.

O líder do Vox está furioso por a Igreja Católica se opor à discriminação de muçulmanos. Decidiu jogar com a ideia de que a sua hierarquia o faz por depender de subsídios, usando dinheiro para ajudar migrantes para sustentar a estrutura e invoca “casos de pederastia” alegando que a mantêm “absolutamente amordaçada” face ao governo.

Neste município de Múrcia, o executivo de direita tratou de emendar uma proposta do Vox que visava proibir celebrações religiosas muçulmanas em nome da “defesa das tradições do povo espanhol”. A esquerda fala em discriminação, a Igreja Católica mostra solidariedade com muçulmanos e a comunidade migrante está preocupada com o futuro.

Ninguém poderia suspeitar que a direita espanhola estava a cobrar para fazer o que se esperava dela: beneficiar abertamente os poderosos enquanto massacrava os pobres.

Gerardo Tecé

Enquanto ministro das Finanças do PP e seus comparsas impunham austeridade, cortes em todos os serviços públicos, pensões e salários dos que trabalhavam para a administração pública, vendiam leis e isenções ficais a grandes empresas. O lóbi do gás, por exemplo, pagou milhões para obter tratamento preferencial do governo.

CTX

Degradação ambiental e precarização extrema dos trabalhadores são as premissas da cultura de regadio intensivo que se implementou recentemente na região de Múrcia. Por detrás da perseguição racista descobre-se um sistema lucrativo.

Andrés Actis

A comunidade muçulmana da localidade atingida pela caça aos migrantes tenta lançar as bases para uma paz que sirva para reconstruir as pontes de convivência, apesar de ainda se viver um clima de medo. O seu líder prefere não dar a cara por medo de retaliações mas critica a falta de apoio institucional a que têm sido votados.

Gorka Castillo

Os grupos anti-racistas insistem que atos de violência como o de Torre Pacheco seguem um padrão comum: a instrumentalização de um ato violento, a disseminação do medo e do racismo nas redes sociais e linchamentos sob o pretexto de “justiça social”.

Aurora Báez Boza

Governo espanhol e NATO chegaram a acordo para mudar a declaração final da cimeira desta semana e retirar a obrigação dos países gastarem 5% do seu PIB em Defesa. Sánchez diz que irá gastar 2,1%, “nem mais, nem menos”.

A cruzada anti-corrupção da extrema-direita não tem nada a ver com ética ou limpeza das instituições. Faz parte de uma estratégia discursiva neoliberal para estigmatizar as ideias dos seus adversários políticos, dinamitar a esfera pública e reforçar um modelo autoritário.

Miguel Urbán Crespo

O relatório da Comissão Interministerial foi divulgado esta terça-feira. A pedido das empresas energéticas não nomeia quais foram responsáveis pelo apagão. Mas a imprensa revelou que a origem está na megacentral fotovoltaica da Iberdrola em Badajoz.
 

A gravidade deste caso é óbvia e confirma que neste regime - e nos principais partidos que asseguraram a sua continuidade até agora - a corrupção não é marginal, mas estrutural, como pudemos constatar desde as suas origens ao longo de sucessivos escândalos, com Juan Carlos I à cabeça e com governos tanto do PSOE como do PP. 

Jaime Pastor

Aos escândalos das “cloacas do Estado” usadas pelo governo de Mariano Rajoy em 2015 e 2016 para travar a ascensão do partido da esquerda espanhola junta-se agora o da montagem policial de um suposto negócio de venda de 40 quilos de cocaína num bar madrileno.

O KKR tem negócios imobiliários nos territórios ocupados na Palestina e interesses em Israel. Quando se soube, centenas de artistas começaram a desvincular-se dos festivais e dezenas de milhares de pessoas protestaram nas redes sociais.

Foram 700 mil as pessoas que assinaram o documento que fez o governo espanhol avançar agora com uma proposta. Os detalhes estão ainda a ser negociados para assegurar aprovação.

O Tribunal Superior de Justiça deu razão ao executivo no caso de uma primeira série de 5.800 anúncios, obrigando a empresa a apagá-los. O ministro Bustinduy celebrou a “vitória clara”, que mostra ser possível “garantir que nenhum interesse económico prevaleça sobre o direito à habitação”.

A proposta é de reduzir o horário de trabalho semanal para às 37,5 horas. Para além disso pretende-se implementar o "direito a desligar" do trabalho fora do horário.

Em entrevista ao Esquerda.net, a eurodeputada espanhola e ex-ministra da Igualdade, Irene Montero, parte do caso de importação de munições israelitas que dividiu o Governo espanhol para traçar o caminho perigoso que a Europa está a fazer na corrida armamentista.

Daniel Moura Borges

O primeiro-ministro quer responsabilidades dos privados, a esquerda insiste no controlo público da energia, a direita ataca a gestão da crise e a extrema-direita cai nas notícias falsas. O debate político espanhol é também marcado pelo braço de ferro entre defensores do nuclear e das renováveis. Com os ecologistas a exigirem um novo modelo.