EUA

Um dos porta-vozes do movimento estudantil pró-Palestina na Universidade de Columbia continua preso e ameaçado de deportação. Esta carta foi ditada aos seus advogados, por telefone, a partir de um centro de detenção para imigrantes.

Pessoas com vistos válidos estão a ser detidas, interrogadas "agressivamente" e deportadas dos Estados Unidos da América. Nova conduta sinaliza uma viragem securitária na política de entradas e saídas do país.

Presidente dos EUA aumentou tarifas sobre aço e alumínio para além de múltiplos produtos derivados. União Europeia reagiu anunciando uma lista de bens que também serão taxados a partir de abril. Vários setores económicos temem que Trump contra-ataque relativamente aos seus produtos, levando-os a uma crise.

Face à ofensiva de Trump e de muitos estados contra os cuidados de saúde de afirmação de género, sindicatos, profissionais de saúde e especialistas organizam-se pelo direito à saúde das pessoas trans.

A empresa de Hong Kong que aí detinha dois portos vendeu-os a um consórcio norte-americano. Depois disso, no seu discurso ao Congresso, o presidente norte-americano reiterou que para reforçar a “segurança nacional” o país vai “retomar” a importante via de comunicação. E ameaçou também outra vez a Gronelândia.

Desde a eleição de Donald Trump, o seu partido de oposição não se tem comportado como tal. O mesmo não se pode dizer de Bernie Sanders, que se fez à estrada no passado fim de semana em estados de maioria republicana, num esforço para animar a resistência à governação plutocrática de Trump.

O prazo dado por Musk para os funcionários públicos comunicarem o que andaram fazer na última semana sob ameaça de despedimento terminou e a Casa Branca anunciou que um milhão respondeu. Ao mesmo tempo que esclareceu que o homem mais rico do mundo afinal não é o chefe do organismo criado para desfazer o Estado.

O presidente dos EUA garante estar próximo de conseguir 500 mil milhões de dólares em recursos minerais da Ucrânia como suposta retribuição pelo apoio militar. Ao mesmo tempo, o presidente russo contrapõe que tem “significativamente mais recursos deste tipo do que a Ucrânia” e declara-se aberto para um negócio que inclui territórios ocupados.

O complexo humanitário-industrial deve ser desmantelado – mas não por um governo apoiado por bilionários sem qualquer plano para além do abandono.

O país que se gaba da proteção constitucional à liberdade de expressão vive uma onda de proibições de livros que visa sobretudo livros juvenis que abordem o racismo, questões de género ou LGBT+. A atriz Julianne Moore é o alvo mais recente.

O novo fascismo nega abertamente o direito dos povos à autodeterminação. Os governos liberais que restam na Europa estão atónitos. Os povos oprimidos já não podem tirar partido da divergência entre grandes potências que existia no passado mas têm agora de travar as lutas de resistência em condições mais difíceis do que nunca.

Embora o Ocidente tenha tolerado durante muito tempo as expulsões forçadas quando lhe convinha, o seu enquadramento no pós-guerra rejeitou-as, pelo menos formalmente. Agora, os EUA não estão apenas a abandonar essas normas - parecem estar a legitimar ativamente a limpeza étnica em Gaza.

O novo capítulo dos anúncios de Trump de tarifas às importações inclui aço e alumínio e taxas recíprocas. As primeiras já tinha aplicado no primeiro mandato para depois recuar. Entretanto, diz que México e Canadá não estão a reprimir o suficiente nas fronteiras para continuar a suspender as taxas de 25%.

Entre os países europeus, destacam-se as ausências de Orbán e Meloni, ela própria alvo de uma investigação do tribunal. Num novo decreto, Trump cortou ajuda financeira à África do Sul.

A resposta chinesa é considerada comedida mas pode chegar aos bolsos de Musk. Autoridades do país anunciaram também que vão abrir inquérito à Google por monopólio, designaram de “não confiáveis” a dona da Calvin Klein e a empresa de biotecnologia Illumina e vão controlar a exportação de mais matérias-primas decisivas para novas tecnologias.

Tal como aconteceu com a Colômbia, as ameaças de Trump de aumentar tarifas às importações de produtos do Canadá e México não chegaram a entrar em vigor. Ambos os países acordaram com a Casa Branca ir ao encontro das preocupações com a entrada de fentanil nos EUA.

Cafés, restaurantes e negócios locais portugueses que costumavam estar cheios, agora encontram-se vazios porque os portugueses têm medo de ser detidos nas rusgas que têm sido feitas por todo o país.

O presidente dos EUA garante que falou com os chefes de Estado do Egito e da Jordânia para “receberem” um milhão e meio de palestinianos que seriam expulsos de Gaza. A posição oficial destes países é que se trata de uma limpeza étnica. O mesmo defendem vários especialistas de direito internacional.

O Brasil queixou-se do tratamento desumano e o México tinha recusado um voo militar com deportados dos EUA. Mas foi Gustavo Petro quem desencadeou a ira de Trump quando disse que recusaria deportações até que houvesse “dignidade e respeito”. Houve ameaças de tarifas e de proibição de estadias de governantes.

A agência dá assim sinal de que política de Trump de reconhecimento da ocupação se fortalecerá. Este fim de semana, um jornalista e ativistas espanhóis foram expulsos do território. Ao mesmo tempo, a União Europeia avisa que acordo de aviação com Marrocos não se aplica ao Sahara Ocidental.