Almerinda Bento

Almerinda Bento

Professora aposentada, feminista e sindicalista

Quando os professores lutam pela dignificação da sua carreira e pelos seus direitos estão a lutar pela defesa da Escola Pública. A insensibilidade que têm encontrado no ministério da educação e no governo é a insensibilidade com que um governo de maioria absoluta olha para os governados.

Muitas razões estão na base do levantamento dos professores em greves, vigílias e expressivas manifestações. Ao cansaço e desânimo pelos atropelos aos seus direitos profissionais e laborais acresce a exaustão por todo um aparato de burocracia sem sentido que lhes vem sendo imposto.

Abril vem aí e vai começar com uma manifestação pelo Direito à Habitação. Abril e Maio são sempre os meses da nossa alegria e da nossa luta.

Este é um livro que emociona. Comovente, por vezes irónico, crítico, nada piegas. Um hino à dignidade, à resistência, à força de vontade para continuar a viver. Um livro maravilhoso e impossível de esquecer. Por Almerinda Bento.

Os serviços mínimos decretados não incidem nem em exames nem em avaliações finais, mas tão somente numa greve de um dia em cada escola. Serviços mínimos? Estranha forma de atribuir significado e conteúdo a palavras tão óbvias.

RESPEITO, gritam os professores. “Em defesa da Escola Pública”, “Hoje ensinamos, Lutando”, "Fartos de ser pisados”, “Professores unidos, jamais serão vencidos”. É um grito de indignação, mas é também um grito de luta e de urgência de unidade. Dia 11 de Fevereiro lá estaremos.

O facto de que as greves por distritos se mantêm elevadas, mesmo depois das reuniões de dia 20, são um sinal de que a luta vai continuar. Dia 11 será uma grande manifestação nacional em Lisboa, porque este é TEMPO de SER, TEMPO dos PROFESSORES.

Espero que “Os Anos” seja lido por muita gente da minha idade, que se vai rever nele. Espero que seja também uma leitura interessante para os e as jovens que vivem no tempo da tecnologia triunfante, da precariedade endémica, do avanço dos extremismos e das descaradas fake news. Por Almerinda Bento

O sector dos cuidados deverá ser repensado reforçando a oferta de uma Rede Pública capaz de proporcionar padrões condignos de atendimento.

Médicos de família penalizados se as suas utentes fizerem aborto voluntário” é o título que nos convoca para antes de 11 de Fevereiro de 2007, quando em Portugal mulheres eram levadas a tribunal por fazerem aborto. Fica-se perplexo.