Extrema-direita

Apoiante do Chega fica em prisão preventiva por discurso de ódio

23 de outubro 2025 - 11:53

Nas redes sociais, Bruno Silva ameaçava jornalistas e incitava ao ódio e à violência contra cidadãos brasileiros. Agora tornou-se o primeiro acusado por estes crimes a ficar preso preventivamente.

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Bruno Silva e André Ventura
Bruno Silva e André Ventura

Numa decisão histórica para a justiça portuguesa, foi decretada a primeira prisão preventiva para alguém acusado de discurso de ódio e incitamento à violência nas redes sociais.

Trata-se de Bruno Silva, que exibia a sua apologia do nazismo e o seu ódio racista na rede social X, enquanto se intitulava de um dos primeiros militantes do Chega e apelava ao voto no partido da extrema-direita.

O caso que levou à sua detenção esta semana partiu de um queixa apresentada pela jornalista Stefani Costa, correspondente do Opera Mundi em Portugal, que se tornou num dos alvos das ameaças do neonazi.

Em causa está uma publicação em que Bruno Silva prometia oferecer um apartamento no centro de Lisboa a quem realizasse um massacre e exterminasse pelo menos 100 brasileiros em Portugal e um bónus adicional de 100 mil euros a quem atentasse contra a vida da jornalista.

Também a jornalista do Diário de Notícias Amanda Lima apresentou queixa contra o apoiante do Chega pelas ameaças recebidas.