Amigos do Sahara Ocidental solidários com o povo da Palestina

19 de outubro 2023 - 16:15

A Associação de Amizade Portugal - Sahara Ocidental afirma que também na Palestina o não cumprimento do Direito Internacional e as políticas de “dois pesos, duas medidas” dão lugar à "lei da força".

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Bandeira do Sahara Ocidental na areia
Foto Nick Brooks/Flickr

Em comunicado, a Associação de Amizade Portugal - Sahara Ocidental junta-se à onda de solidariedade com o povo palestiniano, pois diz saber "há muito tempo que processos de injustiça prolongados e que nunca mais se resolvem não podem correr bem". E que, pelo contrário, "neles há maior tendência para se criarem dinâmicas explosivas e lesivas dos direitos das pessoas e dos povos".

"Sabemos que o Direito Internacional é um edifício imperfeito, mas que se fosse cumprido o mundo seria mais justo. O seu não cumprimento e as políticas de “dois pesos, duas medidas” que frequentemente o iludem, viram-se contra ele e enfraquecem-no, robustecendo a lei da força", aponta esta associação. "Toda esta sabedoria pesa sobre nós, na medida em que não impediu que civis fossem chacinados pelo Hamas em Israel e que, mais uma vez, o governo israelita, na sua mentalidade colonialista, tivesse lançado uma operação de “castigo colectivo” sobre a população de Gaza, prelúdio do genocídio do povo da Palestina e de mais um intento de expulsão dos sobreviventes do seu território", acrescenta.

O Direito Internacional também consagra a descolonização do Sahara Ocidental, um processo também sem fim à vista com o povo saharaui a ver os seus direitos diariamente espezinhados pelo ocupante marroquino. A associação denuncia o acordo firmado entre Marrocos e Israel, "uma aliança entre uma ditadura e um regime de apartheid", feita "contra a vontade da maioria do povo marroquino, apenas com o objectivo de ganhar os favores dos EUA no âmbito da questão do Sahara Ocidental, em detrimento do povo saharaui e do povo da Palestina", acusa.

A Associação de Amizade Portugal - Sahara Ocidental declara assim a sua solidariedade com o povo da Palestina, "o seu sofrimento e a sua tenacidade, e desejamos que mais cedo do que tarde os seus direitos sejam restabelecidos e reconhecidos".