Caos nos transportes em Lisboa é "absoluta irresponsabilidade”

15 de maio 2023 - 12:09

Catarina acusa Governo e Câmara Municipal de Lisboa de fazerem de conta que está tudo bem e exige que se trate com o mesmo respeito quem precisa dos transportes públicos todos os dias para trabalhar e estudar, como se trata quem vai assistir a um grande evento desportivo ou internacional.

PARTILHAR

Catarina Martins participou esta segunda-feira numa ação sobre transportes públicos no metro do Campo Grande, em Lisboa.

A coordenadora bloquista criticou o facto de se ter optado por fazer todas as obras ao mesmo tempo e por não se terem implementado alternativas para assegurar a mobilidade das pessoas.

Catarina lembrou que, há um ano, a vereadora do Bloco na Câmara Municipal de Lisboa (CML), Beatriz Gomes Dias, propôs a Carlos Moedas um plano de emergência para a mobilidade, mas o autarca nem o quis debater.

Só em maio o presidente da CML permitiu que o projeto bloquista fosse votado, “numa altura em que já está instalado o caos”.

Catarina recusa o argumento de que não é possível encontrar soluções, porque “quando há um evento importante há formas alternativas de as pessoas se transportarem”. E deu como exemplo “o reforço que vai ser feito jogo de futebol no próximo fim de semana”.

“A situação em que se encontram as pessoas que trabalham em Lisboa é intolerável”, frisou a dirigente bloquista.

Catarina considera que, numa cidade que precisa tanto de transportes públicos, e num momento em que já percebemos todos que os transportes coletivos têm de ser a solução, tanto do ponto de vista climático, como do ponto de vista da organização das cidades, tornar a cidade impossível em termos de transportes coletivos é uma absoluta irresponsabilidade”.

O Bloco tem vindo a exigir mais carruagens de metro e mais periodicidade, mais autocarros da Carris para compensar a falta de Metro, corredores Bus para que os autocarros da Carris possam fazer os percursos do Metro evitando o trânsito, e bicicletas Gira para quem as utiliza.

Defendendo que tem de haver um “equilíbrio” nos custos imputados ao governo central e à cidade de Lisboa, a coordenadora do Bloco destacou que “o problema é que tanto a CML como o governo fazem de conta que está tudo bem”.

“Não vemos ninguém a tratar da solução”, vincou.

Catarina pediu “que se trate com o mesmo respeito quem precisa dos transportes todos os dias para ir trabalhar e estudar, como se trata quem vai assistir a um grande evento desportivo ou um grande evento internacional”.