Mariana Mortágua apontou que estes trabalhadores e trabalhadoras garantem um “serviço essencial que tem vindo a ser concessionado a empresas privadas”, o que se traduz numa “grande instabilidade”, na prestação de um “mau serviço” e em “salários muito baixos”.
A coordenadora do Bloco lembrou que, cada vez que há uma mudança na empresa concessionária, ou interrupção na concessão, “as pessoas ficam sem salário e sem saber o que vai acontecer”.
Mariana Mortágua enfatizou que a concessão de serviços essenciais do Estado a privados, que “acontece em muitos serviços do Estado”, é uma “ineficiência” e é “errado”. “É uma irracionalidade”, reforçou.
A dirigente bloquista defendeu que o Estado deve internalizar este serviços, até porque é uma “forma de aumentar salários”.
“Aquilo que o Estado gasta a pagar os lucros da concessionária poderia ser investido nos salários de quem mantém estes serviços”, apontou.
Mariana Mortágua considera que o Estado tem de deixar de “financiar empresas que pagam salários mínimos”, e que a internalização é o que garante “serviços de qualidade e salários dignos”.
Os trabalhadores da NewRail, Ld.ª, que trabalham nos bares dos comboios Alfa Pendular e Intercidades, tem promovido protestos pelo facto de a CP - Comboios de Portugal, E.P.E. ter optado por não internalizar o serviço de refeições dos comboios, pondo em causa postos de trabalho. Acresce que as promessas de aumentos salariais por parte da concessionária não se concretizaram e a empresa deve trabalho suplementar, férias e subsídios de férias. As condições de trabalho nos bares dos comboios da CP também têm piorado.