O grupo Polopiqué, que atualmente emprega cerca de 800 trabalhadores e é um dos principais produtores têxteis europeus, anunciou que está a desenvolver um processo de restruturação. O resultado será o despedimento de metade dos seus trabalhadores.
Segundo o jornal Eco - do qual a Polopiqué SGPS é um dos acionistas - o grupo fundado em 1996 integra o Projeto Lusitano, a agenda do setor têxtil e vestuário cujas empresas podem vir a receber 111,5 milhões em investimentos financiados com fundos públicos do Plano de Recuperação e Resiliência.
Despedimentos
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O Jornal de Notícias dá conta de que grupo justifica a entrega dos Processos Especiais de Revitalização (PER) - relativos à Polopiqué Acabamentos e a Polopiqué Confeções- bem como dos pedidos de insolvência - da Cottonsmile, em Vizela, e da sua unidade de Tecidos em Moreira de Cónegos - com o impacto da pandemia, o aumento dos preços das matérias-primas e da energia, a subida das taxas de juro, o aumento do custo da mão de obra, o contexto geopolítico e a imposição de tarifas por parte dos EUA.
A crise no setor do têxtil do Vale do Ave atingiu também a StampDyeing, do Grupo Mabera-Coelima, que encerrou para férias sem pagar os salários de julho e o subsídio de férias. Apesar das promessas da administração ao sindicato de que continuaria a laborar, a empresa apresentou um PER no Tribunal de Guimarães. Os cerca de cem trabalhadores desta fábrica na vila de Ponte, em Guimarães, estavam a cumprir horário antes das férias mas sem produzir desde 24 de junho, quando foi interrompido o fornecimento de gás à empresa. Agora, aguardam para ver se se concretiza a retoma de produção prometida para o dia 3 de setembro, refere o JN.