No sábado passado, muitos milhares de pessoas saíram à rua nas cidades da Argentina, numa mobilização contra o racismo e o fascismo. A ação de protesto foi organizada pelo movimento LGBTI+ no seguimento das declarações de Javier Milei onde atacou o que chamou de “agenda sinistra do wokismo”.
No discurso, Milei teceu uma ligação entre as pessoas queer e o abuso infantil, dizendo que “nas suas versões mais extremas, a ideologia de género constitui abuso infantil” e que “são pedófilos”. A intervenção de Milei aconteceu no Fórum Económico Mundial de Davos.
Segundo o El Salto, as grandes manifestações na argentina juntaram largos setores da esquerda do país, com diferentes setores do peronismo, a Coalição Cívica, a União Cívica Radical, o socialismo santafesino, sindicatos da CGT e outros grupos políticos.
Os organizadores da manifestação assinalaram a presença de dois milhões de pessoas por todo o país, com centenas de milhares de pessoas a sair à rua em Buenos Aires para fazer frente ao “discurso de ódio” de Javier Milei contra a comunidade LGBTI+.
“A resposta à violência económica, à perseguição política e à repressão sexual do governo de Javier Milei tem as cores da nossa comunidade. Juntos e em aliança por todo o país, articulando as nossas diferenças, precisamos uns dos outros agora”, disse em comunicado a Assembleia Antifascista LGBTI+ em Buenos Aires.
