Os dados recolhidos pelo Bloco de Esquerda junto de pessoas que trabalham com pessoas vulneráveis, nomeadamente pessoas em situação de sem abrigo e famílias em situação de pobreza, dão conta de um número muito elevado de pessoas nesta situação.
Acresce que estas pessoas têm condições de saúde muito precárias e não têm condições económicas para encontrar outras soluções.
O Bloco assinala que, na verdade, sem a atuação do governo e da autarquia, estas pessoas irão ficar sem teto durante a Jornada Mundial da Juventude e terão muito mais dificuldade em encontrar um quarto depois da iniciativa.
A par destas situações, surgem ainda relatos de vários estudantes, nomeadamente pessoas estrangeiras, que estão a ser despejados durante a JMJ, sendo que muitos não estão a encontrar alternativa.
Num conjunto de questões endereçadas à Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Mariana Mortágua e Isabel Pires enfatizam que seria incompreensível que um evento como a JMJ resultasse no despejo de dezenas de pessoas e que se agravassem as condições de vida de pessoas e famílias vulneráveis, nomeadamente as pessoas em situação de sem abrigo.
Neste contexto, as deputadas perguntam a Ana Mendes Godinho se o executivo tem conhecimento desta situação e qual é o número de pessoas nesta situação.
O Bloco pretende ainda saber que medidas estão a ser tomadas para que estas pessoas não passem a estar em condição de sem teto por causa da JMJ.