Açores

Bloco acusa direita e extrema-direita de se ajoelharem perante Trump

18 de janeiro 2025 - 11:17

PSD, CDS, PPM e Chega votaram contra um voto de protesto que se opunha à ameaça de Trump de deportar milhares de açorianos, entre muitos outros imigrantes a viver nos EUA.

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António Lima no parlamento regional dos Açores
António Lima no parlamento regional dos Açores

O Bloco de Esquerda apresentou esta quinta-feira no parlamento regional dos Açores um voto de protesto contra a intenção de Donald Trump – presidente eleito dos Estados Unidos da América – de implementar uma política de imigração que pode levar à deportação de açorianos. PSD, CDS, PPM e Chega votaram contra este voto em defesa das comunidades açorianas.

A estrutura autonómica do partido defende que, assim, estes partidos optaram por se “ajoelhar perante o novo dono da política dos EUA”. Isto depois de Trump ter ameaçado com a maior deportação de pessoas de que há memória e de diversas notícias terem dado conta que esta medida colocará em risco milhares de açorianos.

O texto que foi a votos indica que a nova política de extrema-direita terá um grande impacto na vida de milhares de açorianos que vivem nos Estados Unidos da América há vários anos – onde trabalham e garantem o funcionamento de vários setores de atividade, onde constituíram família e onde tiveram filhos, e que “de um momento para o outro, podem vir a perder tudo isto, por mero preconceito”.

O deputado regional António Lima, que apresentou o texto, salientou que este “enaltece e defende a nossa comunidade” e que por isso, o parlamento dos Açores “não devia deixar de protestar” perante “esta ameaça dita por diversas vezes pelo presidente do EUA”.

Para além disso, esclareceu que “a dimensão da diáspora açoriana nos EUA é muito significativa, particularmente em estados como Massachusetts, Rhode Island ou Califórnia e a forte ligação da comunidade aos Açores é um ativo muito importante para a afirmação internacional da Região”.

Termos relacionados: InternacionalEUA, Açores ,  Trump