O diretor do serviço de fronteiras e imigração dos Estados Unidos da América (ICE – Immigration and Customs Enforcement, em inglês) disse que quer implementar um sistema de carrinhas que vá apanhando imigrantes para deportação num modelo parecido ao sistema de entregas da Amazon.
“Temos de ser melhores a encarar isto como um negócio”, disse Todd Lyons, que sugeriu modelar o processo de deportação “como o da Amazon Prime, mas com seres humanos”, em declarações na Exposição de Segurança de Fronteiras noticiadas pelo Arizona Mirror. Outros oradores presentes na Exposição incluiram Tom Homan, o “czar das fronteiras” de Trump e a secretária do departamento de Segurança Interna, Kristi Noem.
Homan gabou-se de usar uma lei de 1798, o Ato dos Inimigos Estrangeiros (Alien Enemies Act, em inglês) para deportar pessoas, dizendo que é uma lei legítima “votada pelo Congresso” e que fica “chateado” quando os juízes o tentam impedir de usar a lei. Já Kristi Noem elogiou o uso da lei por parte de Donald Trump para deportar cidadãos venezuelanos do país e prometeu expandi-la, para que seja mais “eficiente” deportar imigrantes.
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O diretor do serviço de fronteiras disse ainda que está a trabalhar com o ‘departamento de eficiência governamental’ de Elon Musk para ter acesso aos números de segurança social e investigar casos de “fraude eleitoral”.
Lyons mencionou ainda a possibilidade de usar novas tecnologias no processo de deportação, fazendo uso da Inteligência Artificial para “libertar espaço de camas” e “encher aviões”. Ou seja, para deportar de forma mais rápida e eficaz. Por trás da expressão está a ideia de gerir o ICE como um negócio.