O parecer emitido por uma juíza federal dos Estados Unidos da América esta quinta-feira diz que a Google monopolizou ilegalmente mercados de tecnologia de publicidade online. Em causa está o mercado de servidores de anúncios de editores e o mercado de bolsas de anúncios que intermedeiam compradores e vendedores.
É mais um golpe contra a gigante tecnológica, que tem sido condenada por violar leis anti-monopólio consistentemente. Em setembro de 2024, a Apple e a Google firam frustradas as suas tentativas de anular sentenças nos tribunais europeus por violar leis anti-monopólio e por receber benefícios fiscais ilegais. A Google em particular tinha sido condenada por dar prioridade ao seu próprio serviços de vendas, o Google Shopping, nos serviços de comparação do motor de buscas. A empresa foi condenada a pagar 2,4 mil milhões de euros. Em agosto do mesmo ano, uma outra decisão nos tribunais estadunidenses tinha determinado que a Google viola leis anti-monopólio também.
A decisão judicial anunciada esta quinta-feira pode permitir que os procuradores defendam a divisão dos produtos de publicidade da Google. O Departamento da Justiça dos Estados Unidos da América já afirmou, segundo o Diário de Notícias, que a empresa deveria ser obrigada a vender o Google Ad Manager, que inclui o servidor de anúncio de editores e a sua bolsa de anúncios.
Segundo os procuradores, a Google terá usado táticas comuns na construção de monopólios, adquirindo os seus competidores para os eliminar e prendendo os clientes ao uso dos seus produtos.
Na próxima semana, um outro julgamento em Washington decidirá sobre o pedido do Departamento da Justiça para que a Google venda o seu navegador Chrome e adote várias medidas para pôr fim ao seu domínio na pesquisa online.
