Aveiro

Bloco denuncia colapso da Linha do Vouga e exige investimento urgente

20 de agosto 2025 - 10:26

Na primeira quinzena de agosto foram suprimidos 92 comboios na Linha do Vouga. Candidato bloquista à Câmara de Aveiro acusa a Comunidade Intermunicipal de falta de falta de coordenação e liderança.

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comboio na Linha do Vouga
Comboio na Linha do Vouga. Foto Nelson Peralta

Entre 31 de julho e 14 de agosto, foram suprimidos 92 comboios na linha do Vouga, a maioria na ligação entre Aveiro e Sernada do Vouga, rvelou esta segunda-feira o jornal Público.

Para o candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Aveiro, “estamos a assistir ao colapso total de um serviço público que poderia ter um papel fundamental na mobilidade de milhares de pessoas que se deslocam entre Aveiro e Águeda."

João Moniz diz que "esta é uma situação lamentável, fruto de anos e anos de desinvestimento dos sucessivos governos na ferrovia e no serviço de transportes públicos. Mas é também mais um lamentável exemplo, a somar a muitos outros, da falta de coordenação e liderança política da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), que reiteradamente se mostra incapaz, ou indisponível, para defender os interesses das populações do Baixo Vouga."

O Bloco de Esquerda alerta que a solução não pode passar apenas por novas estradas: "Não obstante a pertinência da nova ligação rodoviária Aveiro-Águeda (sobretudo para aliviar a pressão em locais como a vila de Eixo), é preciso investir e recuperar as infraestruturas que já existem. A Linha do Vouga poderá ter no futuro, caso seja dignificada, um papel fundamental para toda a região."

João Moniz exige medidas concretas e investimento público. "É preciso garantir o investimento necessário para que esta ligação estruturante possa ser modernizada e adaptada às necessidades de hoje em dia: eletrificação, conversão para via larga, correção de traçados sinuosos e ligação à Linha do Norte. Queremos mais horários e um serviço regular que sirva efetivamente a população, retirando carros das estradas e garantindo uma alternativa de mobilidade pública, sustentável e acessível”, afirou o candidato nas redes sociais, concluindo que “acima de tudo é preciso que a CIRA passe a ser um órgão que efetivamente funciona e que luta por mais serviço público às populações da região."
 

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