Lutas

Centro de Apoio Social da Carregueira com pagamento de subsídios aos trabalhadores em atraso

04 de outubro 2025 - 11:20

Os trabalhadores já fizeram greve e uma concentração para tentar assegurar os pagamentos que lhes são devidos. Exigem ainda pagamento do subsídio de refeição para os turnos da noite, como previsto no contracto coletivo de trabalho, contratação de mais trabalhadores e melhoria das condições de trabalho.

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Centro de Apoio Social da Carregueira
Centro de Apoio Social da Carregueira. Foto da instituição.

Os trabalhadores do Centro de Apoio Social da Carregueira, no concelho da Chamusca, têm o pagamento de subsídios e de retroativos salariais em atraso. Por isso, fizeram greve entre as 14h30 e as 17 horas e uma concentração no dia 16 de setembro.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas a paralisação teve a adesão da maioria dos trabalhadores, tendo afetado os serviços de apoio domiciliário, o centro de dia e o regime de permanência interna, onde apenas os serviços mínimos foram assegurados.

À Lusa, a dirigente sindical Teresa Faria explicou que “a maior parte dos trabalhadores aufere o salário mínimo e enfrenta graves dificuldades. A administração diz que tem compromissos com água, luz e bens essenciais, mas os trabalhadores também têm necessidades básicas e não podem continuar sem receber o que lhes é devido”. Os trabalhadores têm exigido ainda que lhes seja pago o subsídio de refeição para os turnos da noite, como previsto no contracto coletivo de trabalho, a contratação de mais trabalhadores e a melhoria das condições de trabalho. Dizem estar “abertos à negociação “mas se não houver avanços iremos avançar para uma greve de 24 horas”, diz a sindicalista, que a acrescenta que esta “é uma profissão muito dura. Lida-se com idosos, há uma grande carga física e também psicológica. Muitas vezes criam-se laços com os utentes e, quando eles falecem, os trabalhadores sentem muito essas perdas”.

O Mirante escreve a este propósito que o CASC vive uma “situação delicada” e remete para as declarações de Horácio Ruivo, presidente da direção da instituição, que, em fevereiro de 2024, dizia: “é um pesadelo diário, mas vamos continuar a trabalhar, embora com uma angústia terrível”. O mesmo jornal local acrescenta que este centro social que dá resposta a cerca de 150 utentes e tem nos seus quadros cerca de 70 trabalhadores “tem prejuízos todos os meses de milhares de euros”, queixando-se de falta de apoios da autarquia.

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