Os trabalhadores do Centro de Apoio Social da Carregueira, no concelho da Chamusca, têm o pagamento de subsídios e de retroativos salariais em atraso. Por isso, fizeram greve entre as 14h30 e as 17 horas e uma concentração no dia 16 de setembro.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas a paralisação teve a adesão da maioria dos trabalhadores, tendo afetado os serviços de apoio domiciliário, o centro de dia e o regime de permanência interna, onde apenas os serviços mínimos foram assegurados.
À Lusa, a dirigente sindical Teresa Faria explicou que “a maior parte dos trabalhadores aufere o salário mínimo e enfrenta graves dificuldades. A administração diz que tem compromissos com água, luz e bens essenciais, mas os trabalhadores também têm necessidades básicas e não podem continuar sem receber o que lhes é devido”. Os trabalhadores têm exigido ainda que lhes seja pago o subsídio de refeição para os turnos da noite, como previsto no contracto coletivo de trabalho, a contratação de mais trabalhadores e a melhoria das condições de trabalho. Dizem estar “abertos à negociação “mas se não houver avanços iremos avançar para uma greve de 24 horas”, diz a sindicalista, que a acrescenta que esta “é uma profissão muito dura. Lida-se com idosos, há uma grande carga física e também psicológica. Muitas vezes criam-se laços com os utentes e, quando eles falecem, os trabalhadores sentem muito essas perdas”.
O Mirante escreve a este propósito que o CASC vive uma “situação delicada” e remete para as declarações de Horácio Ruivo, presidente da direção da instituição, que, em fevereiro de 2024, dizia: “é um pesadelo diário, mas vamos continuar a trabalhar, embora com uma angústia terrível”. O mesmo jornal local acrescenta que este centro social que dá resposta a cerca de 150 utentes e tem nos seus quadros cerca de 70 trabalhadores “tem prejuízos todos os meses de milhares de euros”, queixando-se de falta de apoios da autarquia.