Trabalho

Despedimentos coletivos mandaram quase 4.600 para o desemprego até julho

25 de setembro 2025 - 12:18

Nos primeiros sete meses do ano registaram-se a 332 despedimentos coletivos, a grande maioria nas regiões do Norte e Lisboa e Vale do Tejo. Número de trabalhadores afetados até ao fim de julho supera o dos anos inteiros de 2021, 2022 e 2023.

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fila no Centro de Emprego
Foto de Paulete Matos

Os despedimentos coletivos estão a aumentar em Portugal e os números dos primeiros sete meses de 2025, divulgados pelo Jornal de Notícias esta terça-feira, confirmam esse aumento. Até ao fim de julho houve 332 despedimentos coletivos que mandaram 4.578 trabalhadores para o desemprego - 2.304 mulheres e 2.274. Outros 110 trabalhadores afetados por estes despedimentos coletivos viram o seu afastamento revogado ou tiveram outro tipo de solução que não o despedimento.

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O JN faz as contas aos últimos anos e conclui que o número de despedimentos nos primeiros sete meses do ano superou os dos anos inteiros de 2021 (3.759), 2022 (3.033) e 2023 (3.622), estando perto de alcançar também o total de despedimentos do ano passado (5,785).

Lisboa e Vale do Tejo é a região onde vivem mais pessoas   afetadas por estes despedimentos coletivos (2.185), seguindo-se o Norte (1.448) e o Centro (858). A larga distância surgem Algarve (51) e Alentejo (45). Quanto aos setores de atividade onde se registaram mais despedimentos coletivos, destacam-se a indús­tria trans­for­ma­dora, o comér­cio por grosso e a reta­lho, tele­co­mu­ni­ca­ções, pro­gra­ma­ção infor­má­tica, con­sul­to­ria, infra­es­tru­tu­ras de com­pu­ta­ção e outras ati­vi­da­des dos ser­vi­ços de infor­ma­ção.