O Bloco e o Livre juntam-se com muitos cidadãos independentes numa coligação que quer ser eleita para o eecutivo municipal de Vila Nova de Gaia, com o objetivo de “juntar e abrir à Esquerda para incluir toda a gente”. O candidato à Câmara Municipal é João Martins, atual deputado municipal pelo Bloco de Esquerda e professor de História. No arranque da última semana de campanha, o Esquerda.net falou com o candidato.
Que balanço fazem da governação da autarquia nos últimos quatro anos?
Eleições autárquicas
Coligação junta Bloco e Livre num “projeto ambicioso” para o município de Gaia
Foi um período conturbado, sobretudo na segunda parte do mandato. O vice-presidente foi detido, num processo que ainda não chegou ao final, e em seguida o presidente da Cãmara perdeu o mandato por peculato. Em termos de imagem pública, acho que ficou muito abalada por esses casos. E há outros vereadores com dificuldades com a justiça. Do ponto de vista político, o balanço não foi fácil. Pela positiva, Vila Nova de Gaia é a Câmara Municipal com mais verba do PRR para habitação acessível, são 143 mihões de euros e uma parte já foi executada. Mas entre o deve e o haver há aqui uma dificuldade no balanço de quatro anos da Câmara.
E como é que esta coligação se propõe alterar isso?
O facto de conseguirmos um vereador e o PS não ter a maioria absoluta, com a direita a ser derrotada, quer dizer que teremos um papel fiscalizador e de acompanhamento mais fino, porque enquanto deputados municipais não temos acesso a toda a informação. E isso é uma limitação. Por outro lado, temos a capacidade de fazer entendimentos à esquerda, o que é uma mais-valia.
Quais são as prioridades para o próximo mandato?
Habitação e mobilidade. Propomos um aumento de 20% sobre o edificado para habitação acessível. Dentro desses 20% há a possibilidade de ser habitação nova, aquisição ou recuperação. Na altação do PDM teremos possibiidade de cativar 20 a 25% num prédio para habitação acessível. A nível da mobilidade, temos um problema com os operadores do Lote 4 da Unir (Gaia/Espinho). A taxa de cumprimento é muito baixa, estamos nos 63% em agosto. isso nota-se: há linhas suprimidas, atrasos constantes, alunos que não chega a horas á escola. São estas as nossas prioridades.