Faltam trabalhadores e as condições de trabalho são deficientes. Por isso, em plenário, os trabalhadores dos CTT de Rio Maior decidiram partir para a greve.
A paralisação será parcial, duas horas ao início de cada período de trabalho, e vai decorrer entre 25 de novembro e 6 de dezembro.
Em comunicado, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações explica as razões de uma equipa que está "exausta", na qual vários trabalhadores estão a ser seguidos em Psicologia e Psiquiatria e a "recorrer a fármacos do foro psicológico".
Defende-se que "a defesa da saúde dos trabalhadores deve ser uma obrigação dos responsáveis da empresa" ao mesmo tempo que se critica que "a necessidade de acumular lucros para os acionistas sobrepõe-se à obrigação de serviço público".
Descreve-se uma situação em que "há milhares de correspondência por entregar", "os giros não são exequíveis" e por isso os carteiros estão a ser "confrontados diariamente pelos clientes e algumas vezes já com muita agressividade".
O acumular das tensões e a inação da direção da empresa tornaram "inevitável" esta forma de luta, vincam.
No Cartaxo, a luta fez a empresa comprometer-se a mais contratações
Uma situação de excesso de trabalho era também descrita pelos trabalhadores dos CTT no Cartaxo. Também estes partiram para a greve parcial de duas horas no início do mês.
Diziam-se "desgastados com o excesso de trabalho derivado à falta de preenchimento dos postos de trabalho, com giros desajustados à realidade do serviço e da área” em comunicado assinado pelo mesmo sindicato.
Das suas exigências fazia parte "o reajustamento das áreas ao real volume de objetos, preenchimento dos postos de trabalho vagos, com admissão de trabalhadores para substituição de trabalhadores que saíram para aposentação e contratação de trabalhadores para a realidade do trabalho existente no CDP e para os casos de trabalhadores ausentes por baixa prolongada".
Esta greve terminou ao décimo dia de luta com o "compromisso da empresa em que os postos de trabalho serão preenchidos", escreveu o SNTCT nas suas redes sociais, destacando que a "união e força dos trabalhadores do CDP do Cartaxo fez a diferença".