Flotilha para Gaza

“Fomos maltratados mas a flotilha vai continuar”

05 de outubro 2025 - 22:12

Nas suas primeiras declarações públicas aos jornalistas depois de terem sido libertados, ainda no aeroporto de Madrid, Mariana Mortágua e Miguel Duarte confirmam maus tratos por parte das autoridades israelitas e prometem continuar a lutar contra o genocídio.

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Mariana Mortágua e Miguel Duarte em Madrid.
Mariana Mortágua e Miguel Duarte em Madrid.

Nas suas primeiras declarações públicas aos jornalistas depois de terem sido libertados, ainda no aeroporto de Madrid, captadas pelo canal televisivo Now, Mariana Mortágua e Miguel Duarte confirmam maus tratos por parte das autoridades israelitas e prometem continuar a lutar contra o genocídio.

Nas suas primeiras declarações públicas aos jornalistas depois de terem sido libertados, ainda no aeroporto de Madrid, captadas pelo canal televisivo Now, Mariana Mortágua e Duarte confirmam maus tratos por parte das autoridades israelitas e prometem continuar a lutar contra o genocídio.

A coordenadora do Bloco afirma claramente: “fomos maltratados. Foi uma prisão com tudo o que se possa imaginar. Com várias horas em jaulas ao sol. Mudávamos de sítio muitas vezes. Fomos algemados várias vezes. Com pouco acesso a comida e a água nos primeiros dias”.

Apesar disso acha “mais importante” vincar que o apoio humanitário a Gaza fica agora “um pouco mais perto” e que “esta flotilha vai continuar”, dado que “hoje, neste momento, já há mais barcos a caminho de Gaza. Portanto, não é por Israel raptar e sequestrar estas pessoas ilegalmente em águas internacionais que elas vão deixar de continuar a querer quebrar o cerco”.

Miguel Duarte foi questionado sobre a ação do governo português no caso mas preferiu dizer que “as nossas reivindicações prendem-se muito mais com o apoio de Portugal a este genocídio e ao apartheid israelita”. Assim, “muito mais importante do que trazer-nos de volta depressa seria, de facto, confrontar o governo português com o apoio, com os contratos entre forças armadas. e as empresas de armamento israelitas, com a insistência em não aplicar sanções a um Estado que está a cometer um genocídio”.

Também ele vinca que “o trabalho não acaba aqui” e confirma igualmente maus tratos: “sofremos muitos tipos de violência, no sentido de passar de fome, de passar de sede, estivemos algemados muito tempo, de joelhos, ao sol e por aí adiante. É preciso ver que isto é um milionésimo daquilo que as pessoas palestinianas sofrem às mãos das forças israelitas”, avança.

Mariana Mortágua, questionada sobre as declarações de Nuno Melo a propósito da flotilha, também respondeu ao mais importante: “estava à espera que o Governo fizesse o seu dever, que era furar o cerco humanitário e lutar contra o genocídio. Como não fez, tivemos nós que fazer. E tenho muito orgulho nisso”.

E a uma última pergunta sobre “o que é que vai fazer agora quando chegar a Portugal?” A sua resposta foi inequívoca: “lutar contra o genocídio”.