Ativistas detidos em Israel

Governo mantém silêncio, Marcelo informa que os ativistas não estão feridos

02 de outubro 2025 - 15:24

Foi na reunião no Palácio de Belém que o Bloco de Esquerda ficou a saber que os quatro portugueses da flotilha humanitária estão num porto israelita.

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Miguel Duarte, Sofia Aparício, Mariana Mortágua e Diogo Chaves.
Miguel Duarte, Sofia Aparício, Mariana Mortágua e Diogo Chaves.

Após a audiência com o Presidente da República ao início da tarde de quinta-feira, o dirigente bloquista Fabian Figueiredo anunciou aos jornalistas as informações que Marcelo Rebelo de Sousa lhe transmitiu sobre o estado dos ativistas detidos ilegalmente por militares israelitas em águas internacionais.

“Nenhuma informação relevante nos foi comunicada por parte do Governo. Foi pelo Presidente da República que soubemos que os quatro se encontram em terra num porto israelita e que existe a possibilidade de serem visitados pela embaixadora de Portugal em Israel”, afirmou o dirigente bloquista, acrescentando que Marcelo disse que os quatro ativistas estão bem de saúde.

Além de Mariana Mortágua, Miguel Duarte e Sofia Aparício, há mais um português detido num dos barcos intercetados pela Marinha israelita. Trata-se de Diogo Chaves, que integrou a delegação neerlandesa que estava nos barcos que saíram da Sicília para se juntarem à flotilha humanitária.

Fabian Figueiredo insistiu que o Bloco pediu “por duas vezes” reuniões com o ministro dos Negócios Estrangeiros “e não recebemos nenhuma resposta para saber que diligências estão a ser feitas”. E lembrou que ao contrário de Portugal “vários governos convocaram os embaixadores de Israel para pedir esclarecimentos, pelo que apelou ao Governo a fazer o mesmo.

Fabian Figueiredo apelou ainda à participação nas concentrações desta quinta-feira, pois a libertação imediata dos ativistas será alcançada “se houver mobilização da sociedade civil que obrigue o Governo a agir com contundência”.