Em Itália, assim que se soube que a Flotilha para Gaza estava a ser intercetada, largos milhares de pessoas começaram a sair às ruas de Roma, Turim, Bolonha e várias outras cidades do país em protesto. Só em Roma, as estimativas são de que se tenham manifestado mais de 10.000 pessoas. Em Nápoles, Pisa e Milão estações de comboios foram bloqueadas temporariamente.
Itália
Dois milhões nas ruas, greve geral em solidariedade com flotilha foi um sucesso
A maior central sindical do país, a CGIL, marcou uma greve geral para sexta-feira, afirmando que “a agressão contra navios civis que estavam a transportar cidadãos italianos é um assunto extremamente sério”. A União Sindical de Base já o tinha feito antes com a palavra de ordem: “Israel ataca a lei internacional. Agora é tempo de bloquear tudo”. Outros sindicatos foram anunciando que se juntarão à greve.
O movimento italiano contará ainda com bloqueios dos trabalhadores portuários. Em Génova, um cortejo de trabalhadores, de estudantes, de outros sindicalistas e de ativistas de vários movimentos sociais deslocou-se ao porto para o bloquear quando começaram a ser conhecidas as primeiras notícias sobre a interceção da flotilha.
Uma onda de solidariedade que se espalhou já a todo o mundo
O número dos protestos já ocorridos e daqueles que estão marcados torna impossível mapear desde já esta onda de solidariedade. Contudo, podem-se indicar alguns exemplos.
Na Áustria, montou-se em Viena um acampamento de protesto. Manifestantes bloquearam a entrada do Ministério dos Negócios Estrangeiros sueco e o mesmo aconteceu ao mesmo ministério belga em Bruxelas. Neste país aconteceram ainda protestos noutras cidades como em Lovaina.
Também se saiu imediatamente às ruas em Madrid e Barcelona, em Berlim, onde uma estação de comboios também chegou a estar bloqueada, em Atenas, em Paris e em várias outras cidades francesas, como por exemplo em Rennes.
Na Turquia, milhares de pessoas também se manifestaram. O mesmo aconteceu em Tunes, onde a Flotilha tinha feito escala antes de seguir para Gaza. Na capital da Mauritânia e na da Malásia, os protestos foram em frente à embaixada dos EUA.
Na América Latina, há notícias de protestos na Cidade do México, Bogotá e Buenos Aires.
Para além da resposta logo a seguir ao rapto dos participantes na Flotilha, esta quinta-feira será igualmente marcada por manifestações por todo o mundo, incluindo 17 cidades portuguesas.