Roberto Almada defendeu a necessidade de apostar na Zona Franca Industrial e acabar com a “pouca vergonha” e o “paraíso fiscal” do offshore da Madeira.
O dirigente do Bloco fez estas declarações numa conferência de imprensa, onde se pronunciou sobre os dados divulgados pela direção geral de Contribuições e Impostos sobre o Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM).
Segundo a agência Lusa, Roberto Almada referiu que das 3.000 empresas sediadas no CINM 2930 não pagaram impostos em 2009, e sublinhou que “1.677 empresas não tinham um único trabalhador, não criaram qualquer posto de trabalho, nem deixaram qualquer riqueza na Madeira e no país”.
“Estes elementos demonstram que durante todo este tempo a Sociedade de Desenvolvimento da Madeira (SDM) e os responsáveis pelo CINM andaram a enganar os madeirenses ao dizer que existiam 3.000 postos de trabalho quando o relatório da [Direção Geral das Contribuições e Impostos] DGCI diz que existiam pouco mais de 1.500”, disse Roberto Almada.
O deputado regional salientou que o Bloco “tem tido uma postura de critica ao CINM mas não à Zona Franca Industrial”, dado que esta cria uma grande parte dos postos de trabalho que existem no Centro.
“A nossa divergência e recusa é para com praça financeira, que alguns chamam de offfshore, que engorda a especulação, não cria riqueza e dá ma fama à região, ainda no verão passado a guarda nacional italiana desmantelou rede de empresários que alegadamente operava para fugir a impostos e lavar dinheiros menos claros”, referiu ainda Roberto Almada.