Autárquicas 2025

Uma “grande mobilização” de independentes na lista do Bloco no Porto

14 de agosto 2025 - 11:27

Nos dez primeiros candidatos nas listas do partido à Câmara do Porto, oito são independentes sublinhou Sérgio Aires que pensa ser “absolutamente fundamental que se vote nas forças que realmente representam os valores de esquerda” nestas eleições.

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Entrega das listas do Bloco às eleições autárquicas no Porto.
Entrega das listas do Bloco às eleições autárquicas no Porto.

Um sinal de que “a esquerda está viva” e uma “grande mobilização de pessoas interessadas em apoiar esta lista e integrá-la”. É o que Sérgio Aires, cabeça de lista pelo Bloco de Esquerda às próximas eleições autárquicas no Porto, vê no facto da maioria significativa dos candidatos à Câmara Municipal pelo partido serem independentes

Nos seis primeiros lugares para este órgão, cinco são independentes, incluindo o próprio cabeça de lista. Nos dez primeiros, só Maria Manuel Rola e Andrea Peniche pertencem ao partido. Os outros são Filipe Gaspar, Teresa Summavielle, Mariana Gil, Rafael Victório, Kira Gama Rocha, José António Fundo e Amarante Abramovici.

No caso da Assembleia Municipal, o partido recandidata nos primeiros lugares os atuais deputados municipais: Susana Constante Pereira, Nóvoa e Elisabete Carvalho.

Estes nomes foram conhecidos esta quarta-feira quando o Bloco entregou as suas listas no Palácio da Justiça do Porto sob o lema “Estamos aqui por um Porto que existe e resiste”. Antes disso, em conferência de imprensa em frente ao coreto do Jardim da Cordoaria, Sérgio Aires sublinhava que a cidade “não pode continuar com executivos de direita depois de 24 anos à direita nesta cidade”.

Mas o candidato foi também muito crítico com a candidatura do PS, afirmando que “as ideias que se aproximam das dele [Manuel Pizarro] não são exatamente as ideias da esquerda, porque aquilo que ele falou foi, claramente, de uma possível coligação com vereadores à direita”.

Insistiu assim que “é muito claro e evidente” que o PS “não se coloca à esquerda” nestas eleições e recordou que este partido “não quis nenhuma coligação de início de candidatura à esquerda” para concluir que “por isso mesmo, mais uma vez, mais sentido faz que haja uma presença massiva daqueles que são de esquerda, se afirmam de esquerda e com valores de esquerda neste executivo”.

Por tudo isto, considera “absolutamente fundamental que se vote à esquerda, nas forças que realmente representam os valores de esquerda, e por isso tenho um grande entusiasmo, sobretudo com esta mobilização dos independentes nas nossas listas, de que isso vai acontecer”, concluiu.