Solidariedade

Várias concentrações no domingo vão condenar ataque neonazi n’A Barraca

12 de junho 2025 - 11:06

"Não queremos viver num país do medo" é o mote das concentrações que em várias cidades do país mostram solidariedade com atores atacados e condenam violência neonazi.

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A Barraca
Teatro A Barraca. Fotografia de RTP.

Estão convocadas concentrações em várias cidades do país para o próximo domingo, para condenar o ataque neonazi que aconteceu à porta daquele espaço na passada terça-feira. Em Lisboa, a concentração é mesmo em frente ao teatro A Barraca, no Largo de Santos, às 16h de dia 15 de junho. Os cidadãos estão convocados a estar presentes para dizer que não querem “viver num país do medo”.

Por volta das 20h de terça-feira, os atores que chegavam para atuar no teatro A Barraca cruzaram-se com um grupo de 30 neonazis, tendo um deles agredido violentamente o ator Adérito Lopes, que foi em seguida hospitalizado com cortes na face. O espetáculo daquela noite foi cancelado.

No Porto, a concentração está marcada para as 18h, na Praça da Batalha. Em Coimbra, os manifestantes encontram-se às 17h, na Praça 8 de maio. Em Beja, o ponto de encontro é às 16h, à frente do Pax Julia Teatro Municipal.

Também há concentrações marcadas para as regiões autónomas. No Funchal, às 16h em frente ao Teatro Municipal Baltazar Dias. E em Angra do Heroísmo, nos Açores, também às 16h em frente ao Teatro Angrense.

Na convocatória das concentrações, lê-se que “o ataque cobarde do grupo neonazi ao ator Adérito Lopes” nos convoca em solidariedade para “afirmar que não veremos a ascensão do fascismo em silêncio”.

“Não é um caso isolado. Sabemos que esta onda de ataques a migrantes, pessoas racializadas, trabalhadoras, pobres e trabalhadores da cultura não vai ficar por aqui”, dizem os organizadores. “Está a crescer alimentada pela impunidade judicial, pelo silêncio e pela desigualdade económica”.

O apelo é para que as pessoas estejam juntas este domingo, “para nos organizarmos para mudar isto tudo”, colocando no centro a tarefa de “combater este país desigual sem nunca sacrificar os direitos fundamentais entre os quais a liberdade de expressão”.

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