Às vezes não se é feliz nos termos escolhidos para um texto, mas o teor do mesmo pode dissipar dúvidas. O problema só existe se em vez de dissipar, sublinhar.
Os arquivos são instituições insubstituíveis. O reconhecimento da sua importância e responsabilidade tem de ser garantido, não podemos ignorar a história.
Vemos e ouvimos muitas declarações, muitas intenções. Quem não tem tecto vai esgotando a paciência. Avançar com medidas de emergência, uma solução de pós catástrofe é a única alternativa.
Fomos enumerando linhas vermelhas, a pressão dos dias atropelou-nos e nós pisámos as linhas vermelhas. Desta vez, a linha vermelha tem de ser entendida como intransponível.
Não fica bem assacar culpas aos outros pelos seus próprios desaires. É pouco decente, nada ético. E na falta destes princípios, o melhor mesmo é sair da frente. Veja-se o caso do primeiro-ministro quando se vitimiza e não assume a responsabilidade da sua própria conduta.
Para a direita, um princípio estar ou não inscrito na Constituição de 1976, a que nos rege, é indiferente. Para a direita até é desafiante testar a firmeza do que nela está escrito. A direita ri-se assim dos portugueses e vai medindo forças.
O SNS desceu a níveis impensáveis quer o comparemos com a vontade expressa pelos seus pais fundadores quer com os padrões que deveria apresentar como pilar do Estado Social. O que hoje temos é uma caricatura do que sonhámos, com a direita a solidificar as suas posições.
Os dias iguais uns aos outros sucedem-se, é difícil digerir tanto acontecimento nacional, manter o discernimento e fazer frente à direita. A violência das sucessivas declarações políticas são a sério ou apenas para nos afastar?