Alexandre Abreu, cabeça de lista da candidatura Futuro em Comum, que junta em Cascais Bloco de Esquerda, Livre e PAN, identifica “muito descontentamento relativamente a muitas opções de gestão” da candidatura de direita que tem dirigido a autarquia. E pensa que há vontade para que haja “um ênfase muito maior na qualidade de vida, no bem comum, em opções que protegem a natureza, que respeitam a cidadania, que permitem ter mais qualidade de vida para todas as pessoas que cá vivem, que cá trabalham, que cá estudam”.
Isto face a uma visão de Cascais “como, essencialmente, uma central de negócios, um recreio para ricos, um espaço de turistificação e de betonização”.
Para além disso, identifica problemas como “uma crise de habitação terrível”, os problemas ambientais “muito grandes”, como os casos da Quinta dos Ingleses, do aeródromo de Tires e do autódromo de Estoril. Tudo isto “representativo de uma forma de gestão destes problemas por parte da Câmara de costas voltadas para a natureza, de costas voltadas para a cidadania e para a qualidade de vida de quem cá vive”.
O candidato sublinha ainda não só o apoio dos partidos da coligação “mas também de muitos e muitas cidadãos e cidadãs que vão até bastante para além daquele que é o espectro normal destes partidos, como Ana Gomes, João Paulo Batalha, Paulo Trigo Pereira, o maestro António Vitorino da Almeida”.
Junto aos candidatos locais, na Feira da Adroana, em Alcabideche, estiveram Marisa Matias e Rui Tavares. Aí, o dirigente do Livre defendeu que esta é “a candidatura mais progressista, mais ecologista, mais humanista que conseguimos fazer” com o objetivo de “ter uma política que seja mais plural e também mais equilibrada” em Cascais.
E, por seu turno, a dirigente bloquista reforçou que a coligação “é um sinal” da “preocupação de responder” com “os melhores protagonistas possíveis” aos problemas da habitação, do ambiente, da mobilidade.