Autárquicas 2025

Alexandre Abreu quer ir além de Cascais como recreio para ricos e espaço de turistificação

05 de outubro 2025 - 12:14

Em Cascais, Marisa Matias e Rui Tavares juntaram-se à campanha da coligação Futuro em Comum. O cabeça de lista à Câmara acredita que há vontade para “um ênfase muito maior na qualidade de vida, no bem comum, em opções que protegem a natureza, que respeitam a cidadania, que permitam mais qualidade de vida para todas as pessoas”.

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Campanha Futuro em Comum nas ruas de Cascais.
Campanha Futuro em Comum nas ruas de Cascais.

Alexandre Abreu, cabeça de lista da candidatura Futuro em Comum, que junta em Cascais Bloco de Esquerda, Livre e PAN, identifica “muito descontentamento relativamente a muitas opções de gestão” da candidatura de direita que tem dirigido a autarquia. E pensa que há vontade para que haja “um ênfase muito maior na qualidade de vida, no bem comum, em opções que protegem a natureza, que respeitam a cidadania, que permitem ter mais qualidade de vida para todas as pessoas que cá vivem, que cá trabalham, que cá estudam”.

Isto face a uma visão de Cascais “como, essencialmente, uma central de negócios, um recreio para ricos, um espaço de turistificação e de betonização”.

Para além disso, identifica problemas como “uma crise de habitação terrível”, os problemas ambientais “muito grandes”, como os casos da Quinta dos Ingleses, do aeródromo de Tires e do autódromo de Estoril. Tudo isto “representativo de uma forma de gestão destes problemas por parte da Câmara de costas voltadas para a natureza, de costas voltadas para a cidadania e para a qualidade de vida de quem cá vive”.

O candidato sublinha ainda não só o apoio dos partidos da coligação “mas também de muitos e muitas cidadãos e cidadãs que vão até bastante para além daquele que é o espectro normal destes partidos, como Ana Gomes, João Paulo Batalha, Paulo Trigo Pereira, o maestro António Vitorino da Almeida”.

Junto aos candidatos locais, na Feira da Adroana, em Alcabideche, estiveram Marisa Matias e Rui Tavares. Aí, o dirigente do Livre defendeu que esta é “a candidatura mais progressista, mais ecologista, mais humanista que conseguimos fazer” com o objetivo de “ter uma política que seja mais plural e também mais equilibrada” em Cascais.

E, por seu turno, a dirigente bloquista reforçou que a coligação “é um sinal” da “preocupação de responder” com “os melhores protagonistas possíveis” aos problemas da habitação, do ambiente, da mobilidade.