Lisboa

Moedas mentiu sobre ter contactado famílias e vítimas do acidente do Elevador da Glória

04 de outubro 2025 - 12:44

Depois do presidente da Câmara de Lisboa ter dado o dito por não dito e não ter criado o fundo de apoio às vítimas, Alexandra Leitão, da Coligação Viver Lisboa, sublinha a sua “total falta de empatia”. Marisa Matias acrescenta que este está mais preocupado com a sua imagem do que com proteger quem vive em Lisboa.

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Alexandra Leitão e Marisa Matias em campanha em Lisboa.
Alexandra Leitão e Marisa Matias em campanha em Lisboa. Foto de Paulo Vaz Henriques.

Esta sexta-feira, uma reportagem da RTP mostrou que há pessoas feridas e familiares de pessoas falecidas no acidente do Elevador da Glória que não foram contactadas nem pelo presidente da Câmara nem sequer por outra figura da autarquia. Confrontado com isso, Carlos Moedas respondeu que era falso. Só que, em comunicado posterior, a autarquia reconheceu que não tinha mesmo falado com todos.

Numa ação de campanha em Benfica, Alexandra Leitão, cabeça Coligação Viver Lisboa que junta Partido Socialista, Bloco de Esquerda, Livre e PAN, lembrou que Carlos Moedas tinha, nos dias a seguir ao acidente, justificado o facto de não convocar reuniões de Câmara, de não prestar esclarecimentos e de não fazer uma conferência de imprensa “porque estava a ir ao encontro das vítimas e a tratar com as vítimas”.

A candidata vinca que vamos sabendo “sempre por investigação jornalística, de mais factos e mais factos, que são muito preocupantes”. Estes últimos, considera, “põem em causa a postura para o cargo da parte de Carlos Moedas”, revelando “uma total falta de empatia” e sendo muito graves porque o atual presidente “mentiu”.

Alexandra Leitão compromete-se como “primeira coisa” a fazer a criar o fundo de apoio à vítima “que, afinal, Carlos Moedas não criou, não fez nada”, ao contrário do que foi deliberado pela própria Câmara.

Moedas está mais preocupado com a sua imagem do que em proteger quem vive em Lisboa

Ao seu lado, Marisa Matias disse que o Bloco “traz para esta coligação o trabalho conjunto que é necessário fazer para libertar a cidade da governação de Carlos Moedas nos últimos quatro anos”. Este foi caracterizado como “um Presidente da Câmara que esteve sempre muito mais preocupado em proteger a sua própria imagem do que em proteger Lisboa e quem cá vive”, que “centra sempre tudo muito nele e é sempre vítima de qualquer coisa”. Só que “não é a acenar fantasmas, agitar medos e inventar teorias da conspiração que se vai resolver seja qual for o problema de Lisboa”.

Para a dirigente bloquista, Moedas é um “presidente de Câmara que não soube lidar com os problemas mais comuns do dia-a-dia” como o lixo ou os problemas da habitação. Pelo contrário, sublinha, “precisamos de ter na presidência da Câmara de Lisboa alguém que assume a liderança que trabalhe em conjunto com todas as forças que são necessárias para ter um projeto futuro para a cidade”.