Um elemento de um grupo neonazi agrediu um cidadão no centro histórico de Guimarães, em plena luz do dia. A agressão aconteceu no passado sábado e foi confirmada por fonte oficial da Polícia de Segurança Pública.
O Expresso, que noticiou o caso, dá conta da agressão de João P., líder de uma célula neonazi na cidade, que “agrediu barbaramente” um cidadão que tinha como alvo há mais de um ano. A vítima teve de ser transportada para hospital de ambulância.
A perseguição de João P. a este cidadão tinha-se manifestado com a deslocação do neonazi a sua casa várias vez para colar autocolantes com mensagens de extrema-direita. João P. fez vários vídeos a incentivar ao ódio contra pessoas de origem e religião diferentes, apontando várias localizações de estabelecimentos comerciais. Segundo o Expresso, o neonazi faz também parte do grupo que atacou manifestantes antifascistas nas comemorações do 25 de abril, em Lisboa.
A PSP foi chamada ao local e quando chegou, o cidadão agredido estava a ser assistido pelos Bombeiros Voluntários de Guimarães, e o neonazi já não se encontrava no local. Na madrugada de domingo, o ofendido dirigiu-se à Esquadra de Guimarães da PSP, onde formalizou a queixa e pedindo procedimento criminal contra o militante de extrema-direita.
É mais um caso de violência por parte de membros de grupos neonazis e de extrema-direita. No dia 10 de junho, um bando de 30 neonazis agrediram um ator em frente ao teatro A Barraca e atacaram outros atores. No mesmo dia, esse grupo com ligações aos Blood & Honour – uma conhecida organização neonazi internacional – insultava o sheik David Munir na cerimónia no Monumento aos Combatentes do Ultramar.
Durante a noite desse dia, aconteceu um outro ataque a duas voluntárias que distribuíam comida no Porto. Nesse caso, dois homens fizeram a saudação nazi e tentaram agredir uma das voluntárias, sendo um deles depois detido pela PSP por agredir um polícia.
No domingo, milhares de pessoas saíram à rua por todo o país em concentrações com o mote “Não queremos viver num país do medo”, para mostrar solidariedade com as vítimas e condenar as agressões neonazis.