Todos os sindicatos da mesa negocial da RTP assinaram a revisão do Acordo de Empresa de 2025 que foi negociada com o Conselho de Administração e que terá produção de efeitos a 1 de janeiro de 2025. Apesar disso, o Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT) deixou uma declaração para a ata final, onde constata que “a Empresa não tem dado o devido cumprimento nem atenção às matérias reivindicadas pelo STT”.
Em nota pública, o sindicato denuncia que o Conselho de Administração da RTP não cumpriu o compromisso assumido na negociação de 2024, que era a apresentação de um estudo com vista a rever matérias “particularmente importantes para o STT” na área de intervenção e matéria pecuniária associada, no subsídio por trabalho ao sábado e ao domingo e nas deslocações ao serviço.
O sindicato lembra ainda que o Conselho de Administração “queria que os aumentos em 2025 fossem pagos como um subsídio, isto para não atualizar a tabela salarial no AE”, mas com “oposição firme e consistente”, os sindicatos garantiram o aumento do valor acordado na tabela salarial e a atualização no montante das anuidades de cada trabalhador.
Na declaração que deixou para a ata final, o STT reivindica a atualização do subsídio de trabalho ao sábado e domingo “que se mantém inalterado há quase duas décadas” e a devida compensação das deslocações dos trabalhadores, criticando a manutenção “de uma contratação coletiva que trata de forma desigual os trabalhadores”.
Ao início das negociações, os sindicatos propuseram um aumento salarial de 6% com o mínimo de 100 euros, mas em fevereiro, respondiam à contraproposta “mais baixa do que em 2024” com críticas por não considerar “a subida do valor dos subsídios de refeição, a atualização dos valores do trabalho em Sábados/Domingos, do subsídio de deslocação e as ‘zonas de intervenção’ relativas a jornalistas e técnicos”.
A mesa negocial dos sindicatos da RTP é composta pela Federação de Engenheiros (FE), pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Escritório e Serviço (FESETE), pelo Sindicato de Comunicações de Portugal (SICOMP), pelo Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações, Media e Serviços (SINDETELCO), pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV), pelo Sindicato dos Jornalistas (SJ), pelo Sindicato dos Trabalhadores do Setor dos Servioços (SITESE), pelo Sindicato Independente dos Trabalhadores da Informação e Comunicações (SITIC), pelo Sindicato dos Meios Audiovisuais (SMAV) e pelo Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações (STT).