Em plenário, os trabalhadores da fábrica da Nobre de Rio Maior decidiram marcar greve para a próxima sexta-feira, dia 28 de abril. A principal razão de descontentamento é a insistência da administração de pagar a qualquer trabalhador o salário mínimo nacional, sem ter em conta os anos de serviço e as funções desempenhadas. A empresa recusa os aumentos de salário reivindicados pelos trabalhadores.
À agência Lusa, Diogo Lopes, do Sintab, Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura, Alimentação, Bebidas e Tabaco, explicou que a empresa se manteve irredutível depois da greve feita no passado dia 9 de fevereiro. Uma postura que julga incompreensível, uma vez que se trata de uma empresa que “pertence a um grupo internacional e que tem tido bastantes lucros”.
O sindicalista garante que os trabalhadores “vão continuar na luta até conseguirem o que querem e que é um direito. Equaciona-se fazer um dia de greve todos os meses enquanto a administração não ceder.
Para além do Sintab, o pré-aviso de greve é também assinado pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria Alimentar.
A questão salarial cruza-se com outra: a das categorias profissionais. Os trabalhadores são todos classificados como salsicheiros, independentemente das funções desempenhadas. Assim, não existe progressão na carreira.