A onda de calor que está a ser registada no Sul da Europa já levou à morte de duas pessoas que trabalhavam ao ar livre, um em Espanha e outra em Itália. A onda de calor já chegou a França e estende-se desde Portugal aos Balcãs e à Inglaterra.
Em Barcelona, uma trabalhadora de limpeza urbana de 51 anos faleceu, no sábado, após completar a sua jornada de trabalho no centro histórico da cidade. A trabalhadora começou a sentir-se mal ainda durante o seu horário trabalho e queixou-se ao seu superior. Acabou por falecer em casa.
Na cidade de Bolonha, em Itália, um homem de 47 morreu depois de se sentir mal nas obras onde trabalhava. Durante o fim-de-semana, Bolonha atingiu máximas de 35ºC. Dois sindicatos exigem a implementação de medidas para proteger os trabalhadores dos riscos associados à exposição ao calor.
Segundo o Público, as ondas de calor estão a tornar-se mais intensas, a começar mais cedo e a ocorrer mais tarde, devido às alterações climáticas. O Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas das Nações Unidas vem avisando precisamente para esse facto.
O Bloco de Esquerda já avançou por várias vezes com medidas para proteger quem trabalha ao calor. Entre as medidas estão limites de temperatura em certas profissões e de tempo de trabalho, pausas, acesso à água e a materiais de proteção. O partido apresentará uma nova proposta para consagrar estas proteções na lei.