Segundo comunicado do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF), as condições de trabalho nesta estação ferroviária atingiram o limite “inaceitável”, arrastando-se os problemas e “alguns tiveram compromisso da administração para estarem resolvidos há anos, mas que nunca se concretizou”.
O sindicato elenca vários problemas que os trabalhadores deste serviço enfrentam diariamente, como as constantes falhas de energia eléctrica, “elevando mais o stress e a sobrecarga no trabalho”, a água que se infiltra no teto das bilheteiras, os Terminais de Pagamento Automático que avariam regularmente, os Intercomunicadores que continuam avariados, o ar condicionado muitas vezes sem manutenção e avariado, o Gabinete de Apoio ao Cliente que se encontra “degradado e com cheiros nauseabundos constantes, as paredes a precisar de pintura e limpeza de fundo”. E queixam-se também das condições da copa da estação, "muitas vezes sobrelotada e sem condições para todos os trabalhadores que necessitam de tomar a sua refeição”.
Os trabalhadores dizem estar cansados de promessas “e já não podem esperar mais, o que querem é ver os problemas resolvidos de uma vez por todas e no imediato.” Algumas das reivindicações dos trabalhadores da Estação do Oriente são comuns a trabalhadores de outras estações.
Exigem por isso respostas para os trabalhadores de uma “das mais importantes estações da rede ferroviária nacional onde os trabalhadores não são tidos em conta nem têm as condições de trabalho adequadas e garantidas pela administração da empresa, nem vêm os problemas respondidos.”
“A administração da CP justifica a não resolução dos problemas com as obras previstas na estação para a Alta Velocidade que pode ser lá para o ano 2030” e diz ter tido conhecimento destes problemas através do próprio sindicato.
Segundo o documento do sindicato, este “falso” argumento justifica a luta por parte destes trabalhadores, que farão greve nos dias 29 de fevereiro e a 1 de março.