Professores

As duas moções apresentadas pela vereadora bloquista em Lisboa propunham que a Câmara instasse o Governo a disponibilizar alojamento a preço acessível aos professores deslocados e apoiar os estudantes recém-entrados no ensino superior.

A falta de professores volta a ensombrar o início do ano letivo e cerca de 80 mil alunos devem regressar à escola sem professor a uma ou mais disciplinas.

A federação sindical foi ao Ministério da Educação apresentar uma nova proposta de recuperação faseada do tempo de serviço. Os sindicalistas insistem que é preciso melhorar condições de trabalho para atrair jovens para serem professores.

Fenprof diz que promulgação do presidente gera “novas assimetrias” e “confirma a necessidade dos professores manterem forte a sua justa luta”. O Stop também diz que é preciso “manter a pressão, porque foi essa luta que permitiu algumas conquistas, ainda que muito pequenas e insuficientes”.

O governo manteve tudo na mesma só acrescentou um “designadamente” para dar conta de uma possibilidade de negociações futuras. O presidente da República vê aí uma “porta entreaberta”. Os sindicatos pensam que é “uma frincha” e querem propostas concretas.

O Presidente da República vetou o diploma sobre progressão na carreira dos professores. Pedro Filipe Soares diz que agora o Governo deve sentar-se à mesa com os sindicatos e “preparar um plano faseado de garantia da recuperação do tempo de serviço”.

A Fenprof reagiu ao anúncio da vinculação de cerca de oito mil professores salientando a inadequação do processo de “vinculação dinâmica” implementado pelo Governo. Reiterou ainda a posição sobre o tempo de serviço. Razões para manter a luta para o próximo ano.

As novas plataformas educativas embrenhadas na lógica do mercado entram pela escola e mudam a função docente, fazendo os professores perder e/ou ver desvalorizados alguns dos seus papéis e tarefas. Antonio Lovato Sagrado, Amanda Aliende da Matta e Enric Prats Gil refletem sobre o que isto significa para a educação.

Fenprof e Stop manifestaram-se em Coimbra, onde o ministro da Educação foi reunir para preparar o novo ano letivo. Também os diretores se mostram “preocupados” com a falta de “condições mínimas” para o regresso às aulas.

Dezenas de docentes contratados das escolas António Arroio e Soares dos Reis concentraram-se na quinta-feira em frente ao Ministério e receberam a promessa de que negociações avançam em julho.

Fenprof, FNE e outros sete sindicatos admitem parar as greves se o Governo se comprometer a reabrir as negociações até ao fim do ano escolar.

Intervenção de Joana Mortágua no debate parlamentar requerido pelo Bloco de Esquerda com a presença do ministro da Educação sobre as falhas do Governo na Escola Pública..

A data era simbólica porque coincidia com o tempo de serviço congelado aos professores desde o tempo da Troika. No Porto, Mário Nogueira classificou os governante de prepotentes, arrogantes e irresponsáveis. Em Lisboa, Mariana Mortágua salientou que os professores defendem a escola pública e o Governo usa uma “chantagem permanente”.

Esta terça-feira, os professores voltam à luta com um dia de greve e manifestações em Lisboa e no Porto. O pretexto é a coincidência da data com os seis anos, seis meses e 23 dias de tempo de serviço congelado desde o governo de Passos Coelho.

Um grupo de profissionais da educação quis levar este domingo o seu apoio ao treinador do Portimonense depois de este se ter solidarizado com eles. Por terem camisolas sobre a sua luta, acabaram por ser expulsos do Estádio.

A realização de exames nacionais em dias feriados nalguns municípios sem pagamento de trabalho suplementar é contestada pela federação sindical dos professores, que também acusa o Ministério de ter dado orientações às escolas para limitar as avaliações de Muito Bom e Excelente.

A pedido do Governo, um tribunal arbitral tinha marcado serviços mínimos para as greves de 2 e 3 março. O Tribunal da Relação de Lisboa reitera agora a posição dos professores porque “o direito à greve só pode ser sacrificado no mínimo indispensável”.

Na reunião com os sindicatos, o ministro da Educação confirmou a abertura de processos disciplinares aos professores que aderiram à greve da Função Pública a 17 de março. Mário Nogueira prometeu recorrer aos tribunais.

Presidente da República alegou “as expetativas de cerca de oito mil professores” para validar o diploma. Os sindicatos lembram que o governo português está obrigado, por diretiva comunitária, a resolver o problema da precariedade na docência e que bastava um concurso extraordinário.

As greves rotativas por distrito marcadas pela plataforma sindical continuam esta semana. Entre 26 e 28, o STOP também convoca greves. Antes há um acampamento em Lisboa.